Era uma vez uma menina chamada Vivi. Ela estava no segundo ano. Era uma menina simples que brincava o dia todo e tinha uma vívida imaginação. Cada dia, a cada segundo, ela inventava algo novo e original.
"Vamos brincar de reino! Vamos criar nosso próprio território!" dizia Vivi alegremente para seus colegas durante o recreio na escola.
"Não seja tão infantil!" Seus colegas, ainda crianças, a afastavam. Eles não conseguiam tirar os olhos das telas de seus celulares e seus dedos tocavam a interface rapidamente. Era como se pensassem que quem conseguisse atravessar para o outro lado do celular ganharia um tablet mega-super-grande.
Vivi era uma criança alegre e amigável, mas, de alguma forma, se sentia sozinha. E não era de se admirar. Ela começou, gradualmente, a se fechar e a ficar mais silenciosa e triste. Claro, sua mãe e seu pai notaram. Mas eles não sabiam como lidar com isso, já que Vivi guardava quase todos os sentimentos para si.
"Por que você não sai para brincar com seus amigos?" sua mãe perguntava.
"Com quem eu vou brincar? Todos acham que sou infantil e boba!" dizia Vivi tristemente.
"O que há de errado em ser criança? Tenho certeza de que seus colegas adorariam crescer o mais rápido possível, mas tudo a seu tempo."
"Eu também quero crescer. Para que eu possa fazer o que eu quiser. Se eu não posso brincar, por que ser criança?"
A mãe de Vivi estava preocupada com o que ela disse. E, sinceramente, não tinha ideia de como ajudar sua filha. Ela era adulta e Vivi precisava estar com seus colegas.
À noite, a mãe de Vivi começou a ler um conto de fadas para a garota. Bem, não só para ela, mas também para seu irmão, João, que também era…