A Princesa e a Ervilha

Era uma vez, em um castelo ornamentado em algum lugar distante, um rei, uma rainha e seu filho, o príncipe herdeiro.

O rei e a rainha eram pais amorosos e o príncipe tinha um coração bondoso — ele se importava muito com os outros. Sempre encontrava tempo para trocar palavras amigáveis com o jardineiro, o cozinheiro e os outros servos. Por isso, todos o amavam e, também por isso, os habitantes viviam muito bem naquele reino.

Eis que finalmente, chegou a hora de o príncipe se casar. Mas, até agora, ele não havia encontrado ninguém com quem realmente quisesse se casar. Não é de se admirar, então, que o rei e a rainha estivessem ficando ansiosos. Eles já o haviam apresentado à várias princesas, mas o príncipe não gostou de nenhuma delas. Ainda assim, seus pais não desistiram, decidindo tentar com mais força.

"Querido filho, convidamos uma encantadora princesa do Reino do Leste para vir ao castelo para uma refeição. Ela chegará amanhã," anunciaram seus pais. "Talvez, só talvez, você goste dela." Eles se entreolharam com esperança nos olhos. Um banquete esplêndido foi preparado, com todos os tipos de pratos exóticos imagináveis. Havia até sorvete com listras de unicórnio!

Ao meio-dia do dia seguinte, uma carruagem elegante parou em frente ao castelo real. Risadas alegres, como o tilintar de sinos, podiam ser ouvidas vindo de dentro. Então, uma princesa de cabelos dourados com um rosto adorável e um enorme sorriso saiu da carruagem.

Encantada por estar ali, ela correu pelo gramado e direto sobre os canteiros de flores, esmagando as pobres violetas e outras flores que os jardineiros haviam se esforçado para cultivar.

Durante o banquete, a princesa deu algumas mordidas na comida e elogiou educadamente, mas não tentou provar a maioria dos pratos oferecidos, nem mesmo o…